Inconstantemente incontestável
Violentamente inviolável
Eu sou um fim de tarde de verao
Sentindo na pele a bad repele
E eu passo a visão
Na minha contestação
Sou a mudança da continuidade
E todas as curvas de uma linha reta
Uma alma de felicidade, mas que se angustia e se inquieta
Nao tenho crenças, mas não perco a fé
Busco energias positivas que me ajudam a ficar de pé
Não sou a caça, mas luto contra o caçador
E tenho raça na luta com o opressor
Eu sou a brisa do mar que refresca um dia quente
Sou o fogo que aquece o frio do inverno
Sou um mortal que não esquece que nada é eterno
Habito o mundo e o mundo habita a minha mente
Porque a vida é uma só, então é melhor
Lutar constantemente pelo o que me faz feliz
Confiante, desato o nó, em grupo ou só
Sempre voando alto sem perder a raiz
Levantando muitas bandeiras, contra as fronteiras, mesmo se não queiras
Quebrando as barreiras
Um clamor de desapego eu faço pela liberdade
E o amor no aconchego abraço com sinceridade
Urbano, nascido e criado na cidade
Mas sinto a frustração por estar longe do mar
Humano, entendo que tudo é uma fase
E vivo na missão de uma semente plantar
Porque é nosso egoísmo querer ver a mudança
Mas fazer parte dela, essa é a minha ânsia
Inconstantemente incontestável
Violentamente inviolável
Eu sou um fim de tarde de verao
Sentindo na pele a bad repele
E eu passo a visão
Na minha contestação
Eu sou um antônimo
Um camaleão adaptável a realidade
Supersônico
Mas as vezes eu quero que calem todos os barulhos da cidade
Sou um homônimo
Meu trajeto é tragicômico
E ó que meu nome não é Johnny e eu não me chamo Antonio
Sintomas crônicos, por si só irônicos me levam a crer que
Eu tenho mais de uma identidade
Tô mais platônico que esse nosso amor, satirizando nesse som minha própria sensibilidade
Sou socrático e só sei que nada sei, que suba-se o nível das minhas linhas
Na escrita eu vim ser craque
A cena é cruel
Sinto constantemente que tô sendo espionado pelo céu
O espião tá sabendo demais
E quando for crime pensar eu vou citar George Orwell
Por que cê acha que não investem na academia?
Me diga, não tem mais filosofia
E a mais valia? E a sabedoria?
Nosso admirável mundo novo não é o mundo de Sofia
E quem diria, que eu escreveria, rimaria e gravaria um som pesado, não é mesmo?
É uma pena que 'pesado' hoje em dia seja o tipo de palavra que não adjetiva
Nada e é jogada ao esmo
Então cuidado e não leve essa letra ao pé da letra
Com tanta referência tenta não tirar meu papo de torto
Mais um trago destravo ideias que se tornam tinta
Esquece o pé da letra, as minhas letras tem corpo
Às vezes sou um só, as vezes um milhão
Sou o infinito perdido em busca de uma direção
Eu sou tudo e nada, ideia flow e levada
Sou um sentimento sincero que se tornou canção